quarta-feira, 8 de agosto de 2007


O e-paper


Um produto apaixonante que temos seguido durante algum tempo. A seguir apresentamos alguns extractos de Olivier Dumons publicados no Jornal Le Monde sobre o e-paper.

“ Alguns anúncios simultâneos de editores de imprensa deixam entrever um aumento da procura por parte de alguns nómadas em matéria de livros e de jornais electrónicos. Depois de anos ás apalpadelas sobre o e-paper, rígido e depois maleável, estará agora este o suficientemente maduro para conseguir retirar o protagonismo aos bons velhos jornais e revistas? (...)
Até agora, todos os produtos comercializados, e uma maioria dos protótipos apresentados, assemelhavam-se mais a um super PDA.
A Philips, em associação com a iRex, tentou impor a sua visão sobre o leitor ideal: A Ilíada era confortável, mas no entanto continuava a ser rígida, demasiada cara, e finalmente pouco prática.
No entanto, foram finalmente as empresas mais pequenas as que mais inovaram: a inglesa Plastic Logic, uma empresa privada saída do laboratório de física da Universidade de Cambridge, anunciou ter reunido 100 milhões de dólares (77 milhões de euros) com o objectivo de construir o seu primeiro centro de produção de papel electrónico maleável feito à base de tinta electrónica, na Alemanha, na “Silicon Saxony” de Dresd en. A partir de 2008, esta tecnologia de visualização permitirá uma leitura próxima à do papel, em que diferentes conteúdos poderão ser carregados através de Wi-Fi. O gabinete Gartner, que acaba de publicar um relatório sobre o tema, parece estar seduzido com esta nova tecnologia: “Contrariamente às outras tecnologias de visualização, os ecrãs em papel electrónico polímero são simultaneamente dobráveis e maleáveis”.
Mas é ainda vindo de uma empresa francesa que poderia surgir a maior surpresa. Nemoptic, uma start-up criada em 1999 nos arredores de Paris, acaba de apresentar o seu novo protótipo, o Reader Sylen, “um projecto de livro-jornal electrónico” que utiliza tecnologia de cristais líquidos inovadores. Esta empresa saiu do laboratório de física dos sólidos da Universidade Paris-Sud e tira partido da tecnologia e-ink, melhorando-a através de duas vantagens competitivas importantes: o seu baixo custo e a possibilidade de utilização da cor.
No entanto, serão sempre a practicidade e principalmente o preço que irão fazer apostar os editores nesta nova tecnologia. Em França, por exemplo,, a imprensa está apenas atenta: enquanto os produtos não serão leves, rápidos, práticos e principalmente se situarem abaixo da fasquia dos 100 euros, não haverá ainda e-diário.


http://xaviermontaufray.blogs.com/mon_weblog/design/index.html

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