A China entra no top 5 dos "Renováveis "

O relatório da Ernst & Young publicado dia 19 de Agosto último estabelece o ponto de situação sobre as actividades dos países em matéria de energias renováveis. Durante o primeiro semestre de 2008 a China terá ultrapassado o Reino-Unido no top dos 5países mais atractivos em matéria de investimento nas energias renováveis. O Reino-Unido já não figura nesta lista dos 5 mais renováveis e encontrando-se na 6 posição. Os EUA continuam a liderar seguidos pela Alemanha, a Índia, a China e a Espanha. Na lista das energias renováveis encontram-se a eólica, a solar e as energias ditas marinas. A entrada da China neste top 5 é uma novidade desde a existência da publicação "Ernst & Young Renewable energy country attractiveness indices" iniciada há 5 anos atrás. Segunda a Ernst & Young os investimentos mundiais nas energias renováveis poderiam atingir os 512 mil milhões de euros até 2016 neste país. É o compromisso do governo chinês que terá levado a um aumento dos investimentos no sector, um compromisso concretizado por uma doação de 200 mil milhões de euros para o período 2006-2020 com o objectivo de atingir 15% de renováveis em 2020. Já muito presente na indústria solar, a China poderia começar a aumentar o seu desenvolvimento na energia eólica. Actualmente a quinta nação neste domínio (eólica) com uma capacidade instalada de 6,05 milhões de kW, a China ambiciona levar a sua capacidade para 10,25 milhões de kW em 2020. O país poderia igualmente tornar-se no maior importador de equipamentos eólicos nos próximos anos. No que se refere aos diferentes estados dos EUA, o Texas é o campeão das eólicas enquanto a Califórnia atrai investimentos para a energia solar, de biomassa, geotérmica e energias do mar. Na Europa, a Alemanha é o país mais atractivo em matéria de investimento. Ernst & Young sublinha a rapidez com a qual o país respondeu aos desafios fixados pela directiva europeia sobre as energias renováveis (18% até 2020), nomeadamente graças ao mecanismo de tarifas de compra que garante aos produtores um preço de compra de electricidade de origem renovável mais elevado do que o preço de mercado. Por fim o compromisso do governo indiano a favor das energias renováveis contribuiu fortemente para a atractividade do país. A posta em prática de ajudas para estimular o desenvolvimento de instalações fotovoltaicas, a criação de 60 cidades solares até 2012 com o apoio do poder político e numerosos projectos de biomassa de fabrico local de eólicas (Suzlon) são alguns dos investimentos a concretizar.