terça-feira, 24 de março de 2009

A TV e o telespectador


Enquanto se fala de um quinto canal, uma introspecção é necessária. O panorama audiovisual português tem uma oferta pouco diversificada. Precisa-se de alternativas e não dos actuais canais-clone. O impacto que pode ter este canal no panorama televisivo em Portugal é de poder ajudar a alargar o espaço público que, neste momento, está circunscrito a uma confraria que nos satura. A TV generalista em aberto apenas sobrevive se descobrir formas inovadoras de integrar o público nos conteúdos programáticos. O tempo de ficar passivamente do lado de cá do ecrã passou. A TV ainda não percebeu que o público não se traduz apenas em audiências vendidas a anunciantes. Os telespectadores sabem muito e podem ser uma peça importantíssima na comunicação televisiva. Os responsáveis pelos canais de TV ainda não olham a instância de recepção como um elemento activo na construção de um programa, principalmente ao nível dos conteúdos informativos. Uma mudança de percepção do telespectador impõe-se. (a partir de uma entrevista a Felisbela Lopes por Isabel Ramos - Correio da manhã)

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