sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Papel sintético feito de plástico reciclado é novidade no mercado gráfico


Em breve, os sectores gráfico e de embalagem poderão contar com mais uma inovação. O já conhecido papel sintético ganha mais um atributo de sustentabilidade e passa a ser produzido com plásticos reciclados. A inovação desenvolvida pela Vitopel e UFSCar, com o aporte da Fapesp, já conta com patente registada.
O produto utiliza a tecnologia dos filmes de polipropileno biorientado (BOPP) – filmes plásticos que são usados em rótulos, embalagens de biscoitos, salgadinhos, pet food, na indústria gráfica, entre outras aplicações – porém contendo diferentes tipos de polímeros na sua composição.
O resultado é um material resistente, com aspecto diferenciado, similar ao do papel “couché”. O grande diferencial da inovação é que não há no mundo outra tecnologia desenvolvida para usar diferentes plásticos reciclados - como o PP, PE, PVC, EVA – na composição do papel sintético. Vindo de garrafas descartadas, embalagens, frascos plásticos usados, entre outros, o material resulta numa mistura homogénea, perfeita para a produção do filme. Graças a esse diferencial no desenvolvimento, o produto conquistou uma patente, depositada em nome dos três parceiros envolvidos: Vitopel, UFSCar e FAPESP.
O projecto, que levou cerca de três anos para ser desenvolvido, é fruto dos esforços da Vitopel e do Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos (DEMa – UFSCar). A Vitopel e a maior companhia latino-americana, e terceira no mundo, na produção de filmes flexíveis biorientados. Os pesquisadores da universidade desenvolveram as formulações contendo material plástico descartado pós-consumo.
Além do fornecimento da matéria-prima para o desenvolvimento, a Vitopel aprimorou as formulações originais e agregou a tecnologia para o desenvolvimento de filmes multicamadas, com tratamento que oferece ao produto final características como uma espessura mais fina, e ao mesmo tempo mais resistente, capaz de proporcionar barreiras à humidade, odores, etc. A parceria conta ainda com aporte da FAPESP.

2 comentários:

Anónimo disse...

Quero saber se realmente, com esse tipo de notícia, a indústria de polímeros será ainda uma área promissora, pois eu faço curso técnico em polímeros e não vejo nenhuma grande procura e oferta de vagas para essa área. Gostaria que algum especialista da área me respondesse!
Grato

DCA disse...

o futuro da industria dos polímeros passa pela procura novos materiais substitutos dos derivados do petróleo

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