quinta-feira, 7 de maio de 2009

O que chamamos “apoio ao desenvolvimento” entre a Europa e a África?


Bruxelas acaba de atribuir 247 000 000 de euros de ajuda humanitária para 12 países africanos a populações ditas vulneráveis (60% desta ajuda irá ao Darfur), mas são sobretudo apoio de emergência.
No passado mês de Janeiro, o Tribunal de Contas europeu entregou um relatório desapontante sobre o apoio ao desenvolvimento da Europa em África (ajuda desorganizada, destaque para as grandes doenças em detrimento do melhoramento dos sistemas de saúde…).
Do outro lado, a política económica da União Europeia parece diametralmente oposto à sua política de desenvolvimento. Os subsídios agrícolas europeus continuam de minar a agricultura alimentar. As frotas europeias dizimam as zonas de pesca. Além da ajuda pública, as lindas palavras e as tentativas de harmonizar as políticas de asilo e de migrações, ainda há muitos factos que precisam de ser falados e debatidos.

Veja o vídeo em: http://www.arte.tv/fr/europeens/zoomeuropa/cette-semaine/La-crise-et-le-marche-du-travail-dans-l-Union-europeenne/2601134,CmC=2619094.html
Ex: A Europa exporta massivamente para África. Produtos lácteos, cereais, legumes europeus beneficiam de apoios à exportação. Resultado, no Senegal como noutros países, os mercados transbordam de produtos europeus duas vezes mais baratos e destabilizam a economia local… Mas não são só os agricultores que sofrem desta concorrência. As frotas de pesca europeias exploram massivamente as zonas de pesca senegalenses, graças a procedimentos jurídicos que permitem de contornar as raras medidas de protecção para os pescadores locais. Será mesmo isso o “co-desenvolvimento”?

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